sexta-feira, 16 de março de 2012

A amizade é um sentimento muito estranho mesmo. 
É impressionante a maneira como ela se estabelece nas nossas vidas e modifica as mesmas. Sou um cara de poucos amigos, na realidade, nem tão poucos assim, haja vista que em tempos de amizades "facebookinianas" e "twíticas" é cada vez maior o número de pessoas que se diz amigo daquele que nem sequer conversou pessoalmente. 
Enfim... tenho alguns amigos e eles são dos tipos mais variados. A maioria da minha idade, mas alguns bem mais velhos, outros muito mais jovens. Amigos "cabeças", irritantes, possessivos...
E é esse último tipo de amizade, dentre todas as variações, é o que mais me causa problema e até mesmo um pouco de frustração.
Frustração porque eles não sabem lidar com o fato de que você é amigo também de outras pessoas, que você tem outras coisas para fazer além de estar com ele em todos os momentos livres.
"Por que o Wiliam está divagando sobre isso hoje?" Você, não leitor do meu blog poderia estar se perguntando agora.
Divago sobre isso porque recentemente perdi uma amizade de muitos anos, de mais de 10 anos, na realidade.
Infelizmente ela não conseguiu compreender que meu afastamento está associado ao fato de seu marido ser alguém insuportável, alguém que é impossível não observar seus defeitos e tentar alertar a pessoa que está com ela de que está fazendo algo errado.
Mas fazer o quê? Todos tem o direito de perceber seus erros por conta própria. 
Inclusive eu, que espero estar errado quando penso que ela será infeliz nesse casamento.
Bem, o fato é que minha amizade se foi, não porque eu quis, mas porque ela me excluiu definitivamente de sua vida. A começar pelo facebook. 
Agora espera que eu tome uma atitude e retome a nossa amizade.
Lamento, não farei isso. 
Fui excluído (ponto!), não vou procurar por alguém que tem esse tipo de atitude.
É uma pena, mas é a realidade.
Sou assim, talvez um tanto imaturo, um pouco orgulhoso, mas também com razão, vez ou outra.
Acho que esse foi um posto desabafo.

domingo, 11 de março de 2012

Ontem durante a passagem do príncipe Harry pelo Rio de Janeiro, que se preparou belo e formoso para a recepção ao dito cujo, houve uma "pequena confusão" no Complexo do Alemão.
Aquele complexo que, segundo as autoridades, está pacificado.
Estranho é que escolheram justamente o dia em que a realeza passaria por lá, não qualquer outro dia.
E a população "complexada" escolheu fazer o quê?
Agredir os policiais e militares das forças de pacificação, com paus e pedras.
Acho estranho como a população "favelada" se sinta confortável para agredir aqueles que estão ali para protegê-los e levar alguma ordem ao caos que tomava conta do lugar havia décadas.
Não, não tenho uma visão "Poliana" da vida e da polícia, sei de suas mazelas, mas também acho que, pela primeira vez em muitos anos, o Rio de Janeiro passa pela construção de uma nova mentalidade na segurança pública. Deveríamos dar um crédito.
Mas o que é engraçado (leia-se estranho) mesmo é que quando os traficantes estavam lá, colocando terror em toda a comunidade, fazendo gente de bem seguir regras que não eram as mais ortodoxas, digamos assim, ninguém se revoltava contra nada, ninguém tacava pedras nos traficantes, tampouco os agrediam com pauladas.
Agora fazer isso com os policiais é fácil, né?!
O que tal atitude quer demonstrar hein?
Tô pensando...

Bom fim de domingo!

sábado, 10 de março de 2012

Andando pela rua hoje comecei a reparar no meu bairro, que fica na zona oeste do Rio de Janeiro, e observei como as coisas estão mudando.
Campo Grande, meu bairro, foi visto por muitos, durante muito tempo, como um bairro dormitório, que ainda é, visto que está muito distante do Centro da cidade, e como um nicho de empregadas domésticas. Ouvi muito isso durante minha graduação de meus colegas de turma.
Hoje, na padaria, que vem investindo na aquisição de um novo público, com atendimento e produtos diferenciados, percebi que essa realidade ficou no passado. 
Por que pensei nisso hoje?
Porque na fila para pagar o pão, que estava ótimo, vi duas adolescentes de colégios particulares caríssimos instalados no bairro e que estavam ansiosas pela "night" que estava por vir, como qualquer adolescente que se preze.
É, duas meninas que, há algum tempo, de acordo com o papo e aparência, estariam em uma padaria da zona sul, hoje estão aqui, bem pertinho.
Fazem parte dessa nova classe média que, agora preferiu não sair do bairro que os fez crescer, a nova classe média de Campo Grande, que antes "pulava a serra" e emergia para os condomínios de alto padrão da Barra da Tijuca.
Agora eles preferem ficar por aqui, desfilando seus carros importados, frequentando restaurantes caros que começam a pipocar pela região, gastando seu dinheiro no shopping, que se expandiu pra atendê-los.
Qual será o motivo que os faz permanecer aqui verdadeiramente?
Não sei essa resposta, mas fico feliz em ver que as pessoas estão conseguindo alcançar um novo padrão. Fico feliz em ver que a sonhada zona sul já não é mais o "el dorado" para toda uma população. Fico feliz em perceber que essas pessoas conseguem manter um pouco de suas raízes.
Mas feliz mesmo eu fico em ver que a concentração de renda vem se espalhando, ainda que com passos de formiga. 
Pode parecer bobagem, mas é o que está acontecendo.
Isso é bom.
A despeito de todas as críticas, as políticas públicas estão funcionando, lentamente, mas funcionando.

Sou professor e estou acostumado a ouvir que, como todos os professores, sou formador de opinião.
Não sei se isso é real, mas o fato é que tenho muitas opiniões sobre tudo, que são mutantes, mas curiosamente não são bem entendidas pela maior parte das pessoas que me cercam.
No facebook meus amigos dizem que riem com o que escrevo, o que também é estranho, porque esse não é meu objetivo.
Assim, resolvi ouvir uma amiga  e fazer um blog, só por diversão.
É isso, vou ficar aqui escrevendo pra mim mesmo, sem a intenção de que alguém irá ler isso. Mas se alguém o fizer, até que ficarei feliz.

Esse foi o primeiro post!

Abraço!